Rede Leitora Terra das Palmeiras

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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Uma nova estrutura para o Brasil

Figueira de Bengala (árvore sagra da Hindu), onde por diversas vezes nos reunimos no Encontro da RNBC

Há acima de tudo um desejo. Um desejo que se alimenta a cada nova encontro, presencial ou virtual. Um desejo que não depende de uma pessoa. Um desejo permanece aceso em cada expressão, em cada gesto cotidiano, em cada grito quando tentam roubar nossos direitos. Ainda que invisível esta sociedade é feita por gente viva, Brasil-vivo, não por sanguinários sugadores de capitalismo e de comunidades.
Apresentação de slides sobre a situação das bibliotecas comunitárias da RBC Ilha Literária
Na semana de 20 a 23 de Setembro em Brasília, ninho da repudia (a saber, república), aconteceu o 1º Encontro Nacional de Bibliotecas Comunitárias. Foram dias de muitos diálogos dentro e fora das plenárias e rodas de conversas. Buscamos não a solução para os nossos problemas, mas algo que favorece a todos e em todos os lugares. Talvez isso soe diferente do que pensa o parlamento- golpista e o golpista-presidente, e de fato é. Não buscamos neste encontro privilégios, queremos igualdade, respeito, educação, acesso a livros e a leituras que despertem e que não mais colaborem para esse processo de deseducação ao qual o país sempre esteve e cada vez mais vai sendo "retroinserido".Neste encontro proporcionado pelo programa Prazer em Ler do Instituto C&A, destacando a grande importância do deste apoio para a consolidação da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC), foram apresentadas em rodas de conversas as situações politicas em torno dos Planos Municipais e Estaduais do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (PMLLLB e PELLLB). Estes diálogos tem grande importância, principalmente para os municípios e estados que ainda estão em processo de construção, por exemplo, aqui em São Luís.  
Fala da Franci (RBC Ilha Literária) e Yasmin (Rede de Leituras - Porto Alegre)
Nossa atual situação é a seguinte. Já apresentamos os representantes da sociedade civil para a elaboração do plano, pessoas estas capacitadas e com todo o apoio da Rede de Bibliotecas Ilha Literária (união da Rede Leitora Terra das Palmeiras e Rede Leitora Ler Pra Valer). Por outros lado o prefeito não atendeu diretamente sobre o assunto, deixando nas mãos do Secretário da Educação Moacir Feitosa a responsabilidade de levar o processo do PMLLLB à frente. No entanto ate o momento já marcamos duas reuniões com o mesmo que foram desmarcadas. O que precisamos fazer para que este processo, tão importante para a comunidade de São Luís ande, se com processos “burrocráticos" a sociedade é sempre deixada em segundo plano?
Cartaz da RNBC dentro da Biblioteca do Planalto .

Voltando à nossa estadia Brasília: Fomos como RNBC à ao Planalto e a RBC Ilha Literária levou uma máscara de Cazumba e, logicamente, não pudemos entrar no espaço com a careta, segundo eles era uma arma que poderia machucar os outros (o responsável pela segurança fez um gesto infantil com a cabeça de como poderíamos agredir os outros), ou seja, a cultura é uma agressão para este governo golpista, pois golpista não entende a cultura, pois golpista não vive a cultura deste país, pois golpista nem sabe o que é cultura, educação, sociedade brasileira... Mesmo tentando dialogar que este é um artefato da cultura do Brasil, não mediram esforços em opressão e repressão à nossa cultura. Fomos impedidos de levar nossa cultura para dentro do Planalto.  Depois fomos tratados como terroristas, nem papel poderíamos levar, pois não poderíamos mostrar o que estávamos exigindo. Fomos reprimidos por estar com roupas vermelhas. Fomos descriminados por ser negro, sim somos negros, sim somos índios, sim somos todas as cores desta terra imensa de pessoas, culturas e terras (embora estas nas mãos de poucos).
Cazumba no aeroporto em Brasília na camisa estão escritas diversas frases: Fora Temers, Fora Machismos, Fora racismos...
Fomos a uma sala cantando “Pra não dizer que não falei dasflores - Geraldo Vandré (1968)”, e conversamos com o Deputado Jean Willis que nos recebeu com muita atenção “embora não tenhamos avisado com antecedência”. Foi muito atencioso e podemos contar com sua voz e existência naquele espaço opressor, machista, racista, antidemocrático, golpista e inexpressivo para a sociedade brasileira na sua atual “cornjuntura”.Precisamos entender e não somente a periferia que:

Caminhando e cantando e seguindo a cançãoSomos todos iguais, braços dados ou nãoNas escolas, nas ruas, campos, construçõesCaminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora que esperar não é saberQuem sabe faz a hora não espera acontecer

Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordõesainda fazem da flor seu mais forte refrãoe acreditam nas flores vencendo o canhão

Há soldados armados, amados ou nãoQuase todos perdidos de armas na mãoNos quartéis lhes ensinam a antiga liçãode morrer pela pátria e viver sem razão

Nas escolas, nas ruas, campos construções Somos todos soldados armados ou não Caminhando e cantando e seguindo a canção Somos todos iguais, braços dados ou não 

Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mãoCaminhando e cantando e seguindo a cançãoAprendendo e ensinando uma nova lição

Não ha fim para esta cação que se constrói 
no dia dia e na busca por direitos iguais


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